Formado na Inglaterra
inicialmente por Roger Hodgson (vocais), Richard Palmer (guitarra), Rick Davies
(teclados), Dougie Thomson (baixo), Bob Siebenberg (bateria), Keith Baker
(percussão) e John Helliwel (sopros), o Supertramp lançou, entre 1969 e 1987, um total
de nove álbuns de estúdio e quatro ao vivo, alcançando a marca de 60 milhões de
cópias vendidas.
O grupo surgiu após Stanley
Miesegaes, milionário holandês, desistir de financiar outro conjunto na época e
investir apenas em um dos integrantes, o tecladista Rick Davies, que reuniu
Roger Hodgson, Richard Palmer e Keith Baker - formando a banda Daddy. Para não gerar confusões com
outro conjunto musical que fazia sucesso na época, os músicos mudaram seu nome
para Supertramp, inspirado no livro The Autobiography of a Super-Tramp, do
autor William Henry Davies.
O tecladista e o vocalista
representavam um gênero musical diferente: Davies trazia o blues e o jazz - e Hodgson vinha da música pop e a psicodélica. Richard
Palmer ficou encarregado de escrever as letras das canções - já que nenhum dos
outros membros tinha interesse na função.
O Supertramp foi um dos
primeiros grupos que assinou com a filial do Reino Unido da A&M Records e, com isso, eles
conseguiram lançar seu primeiro disco homônimo. O flautista e saxofonista, Dave
Winthrop, entrou para o Supertramp logo após a primeira produção e se
apresentou em um festival com os membros iniciais. A partir disso, começou a
troca de membros, marcada pela saída do guitarrista
Richard Palmer, que teve desavenças com Davies e Hodgson.
Após o lançamento do segundo
disco, Indelibly Stamped, de 1971,
todos os integrantes, com exceção de Hodgson e Davies, se retiraram do
Supertramp. Apesar dos obstáculos, o Supertramp se manteve firme e foi atrás de
novos membros para compor o grupo. O baixista Dougie Thomson, o percussionista
e baterista Bob Siebenberg e o saxofonista John Helliwell entraram para o
Supertramp em 1973 - formação que durou dez anos. Apesar de terem encontrado
novos integrantes, eles precisavam de um disco de
sucesso para se manter no mercado fonográfico.
Em 1974, lançaram então o
explosivo ”Crime of the Century”,
considerado o álbum que iniciou a escalada da banda até o estrelato, ficando em
primeiro lugar no Canadá e trigésimo oitavo nos Estados Unidos. A mudança no
gênero do Supertramp veio com seu disco mais famoso “Breakfast in America”, lançado em 1979, considerado o empurrão para
o estrelato. O single principal ficou
em primeiro lugar nos Estados Unidos e Canadá, além de outras três faixas que
também obtiveram marcos até então inatingíveis no mercado: The Logical Song, Goodbye Stranger e Take the Long Way Home. A partir do próximo disco, “Paris”, o
fundador Roger Hodgson passou a demonstrar que não estava mais alinhado com o
Supertramp, buscando carreira solo.
Em 1982, o último álbum com o
artista foi lançado, “... Famous Last
Words...”, que também emplacou dois hits,
“It’s Raining Again” e “My Kind of Lady”, que alcançaram o top
10 americano e britânico.
A situação de crise se agravou
quando os membros decidiram abandonar as composições de Hodgson de seu setlist, buscando estabelecer a
separação da identidade que o baixista havia criado. Após uma turnê com muita
pressão aqui no Brasil, onde os fãs queriam ouvir as canções antigas, o grupo
se fragmentou e, em 1988, houve a primeira separação do Supertramp.
Ocorreram reuniões da banda tempos
depois (em 1996) para uma turnê, que ocasionou a produção de “Some Things Never Change”, disco que traria a harmonia anterior entre
os músicos. Em 2008, eles se
separaram de novo, mas retornaram as atividades em 2010. De lá para cá, Hodgson e
Davies tiveram alguns desentendimentos que marcaram a exclusão oficial do
baixista.
O Supertramp ganhou diversos
prêmios na música, incluindo dois Grammys
pelo single Breakfast in America,
além de conseguir manter legiões de fãs, de todas as idades, em todo mundo, por
todos esses anos. Aqui a gente relembra a música The Logical Song, lançada em 1979
no álbum Breakfast In America. É a
canção-assinatura do Supertramp. Seus feitos? Atingiu a sétima posição na UK Singles Chart, a sexta posição na Billboard Hot 100, permaneceu por três
meses na Billboard Hot 100, ficou na
primeira posição na parada da revista RPM
por duas semanas no Canadá e foi a 26ª canção mais tocada nas rádios
brasileiras em 1979. Play!